Calma, meu amigo… você não está sozinho nessa. A cena é comum no consultório: o homem entra, senta, dá aquela respirada e dispara: “Doutor, minha ereção não é mais a mesma… o que está acontecendo comigo?!”
A boa notícia? Isso tem explicação. E, na maioria das vezes, tem solução.
O que é disfunção erétil, afinal?
Segundo as principais referências urológicas: Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a American Urological Association (AUA) e a European Association of Urology (EAU) – disfunção erétil (DE) é a incapacidade persistente de alcançar ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória.
Não estamos falando de um episódio isolado, mas sim de uma dificuldade frequente, que pode afetar não só a vida sexual, mas também a autoestima e a saúde emocional.
Você não é o único – e os números provam isso
Muita gente pensa que esse é um problema “só seu”. Não é. Estudos mostram que mais de 50% dos homens entre 40 e 70 anos apresentam algum grau de disfunção erétil.
A prevalência pode chegar a 8-10% em homens com menos de 40 anos, segundo dados da EAU, e vem aumentando devido a fatores como estresse, ansiedade e sedentarismo.
Ou seja: se a sua ereção não é mais como antes, você está em um grupo que inclui milhões de homens no mundo todo.
Principais causas – e por que é importante entender isso
A DE pode ter múltiplas origens, e saber o motivo é essencial para tratar direito. Entre as causas mais comuns:
- Vasculares: problemas de circulação (aterosclerose, hipertensão, diabetes) dificultam o fluxo de sangue para o pênis.
- Hormonais: queda nos níveis de testosterona, distúrbios da tireoide, excesso de prolactina.
- Neurológicas: lesões da medula, neuropatias, esclerose múltipla.
- Psicológicas: ansiedade de desempenho, depressão, estresse.
- Medicamentos: alguns remédios para pressão, antidepressivos e até tratamentos para próstata podem impactar a ereção.
- Estilo de vida: tabagismo, álcool em excesso, sedentarismo, má alimentação.
Tem tratamento e funciona!
Aqui vem a parte que todo homem gosta de ouvir: quase todos os casos têm tratamento eficaz. Dependendo da causa, podemos lançar mão de:
- Mudanças de estilo de vida (e não, não é “só academia” – é cuidar do corpo e da mente).
- Tratamento das doenças de base.
- Medicamentos orais de alta eficácia.
- Terapias injetáveis intracavernosa.
- Dispositivos de vácuo.
- Cirurgias, como prótese peniana, para casos mais graves.
O ponto-chave: não adie a consulta. Quanto mais cedo procurar um médico urologista, maiores as chances de sucesso e mais rápido a vida sexual volta a ser prazerosa.
Disfunção erétil não é sentença. É um sinal para cuidar mais de você. E procurar ajuda não é fraqueza, é coragem e inteligência.
Lembre-se: aqui no Papo de Homem, informação é com evidência científica, sem tabu e com respeito. O primeiro passo para o tratamento de sucesso começa quando você decide não sofrer em silêncio.
Não ignore os sinais do seu corpo. Marcar uma consulta com um urologista é mais do que cuidar da sua ereção: é cuidar da sua saúde, da sua autoestima e da qualidade das suas relações.
No fim das contas, coragem é assumir o que precisa de atenção e agir.
Seu próximo passo pode ser simples, mas vai mudar tudo.
